O dólar opera em baixa nesta segunda-feira (11), em um dia mais positivo no exterior, acompanhando dados da China que vieram melhores que o esperado pelo mercado. A semana é marcada por uma série de divulgações importantes, com destaque para a inflação no Brasil e nos Estados Unidos.
Às 11h, a moeda norte-americana caía 0,90%, cotada a R$ 4,9373.
Na última sexta-feira (8), volta de feriado, o dólar fechou praticamente estável, com baixa de 0,01%, vendido a R$ 4,9822. Com o resultado, a moeda passou a acumular:
altas de 0,85% na semana e 0,65% no mês;
queda de 5,60% no ano.
O que está mexendo com os mercados?
Na volta de uma semana mais fraca por conta de feriados aqui e lá fora, os pregões ao redor do mundo nesta segunda são influenciados por sinais mais positivos vindos da China, a segunda maior economia do mundo.
A inflação ao consumidor no país asiático subiu 0,1% em agosto, contra projeções de alta de 0,2% do mercado. Já a inflação ao produtor caiu 3,0%, contra queda esperada de 2,9%. Uma inflação mais controlada, segundo o analista Vitor Miziara, anima os mercados porque mostra que o governo chinês pode promover novos cortes nos juros e outros estímulos econômicos para impulsionar a atividade.
A inflação também é tema de atenção no Brasil e nos Estados Unidos, com divulgação dos índices de preços ao consumidor nos dois países prevista para os próximos dias.
Em ambos os casos, os números serão importantes para guiar os passos dos bancos centrais em suas próximos reuniões, que acontecem na semana que vem.
No Brasil, o mercado espera que o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC promova mais um corte na Selic, taxa básica de juros, que hoje está em 13,255 ao ano. Os dados da inflação de agostos podem ditar qual será a magnitude desse corte, embora a maioria das projeções sejam de uma queda de 0,5 ponto percentual.
Já nos Estados Unidos, a expectativa é que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) mantenha os juros inalterados, entre 5,25% e 5,50% ao ano, porque a inflação no país segue pressionada.
Analistas do BTG Pactual, porém, destacam que a secretária do Tesouro americano, Janet Yellen, afirmou em entrevista que está “cada vez mais confiante de que os Estados Unidos conseguirão conter a inflação sem grandes danos ao mercado de trabalho”.
Fonte: g1