Uma ala do PSD quer lançar o senador Otto Alencar na disputa para o lugar de Rodrigo Pacheco na presidência do Senado. De acordo com informações publicadas pela Coluna do Estadão, neste cenário, o deputado federal baiano Antonio Brito, do partido, não concorreria à cadeira hoje ocupada por Arthur Lira na Câmara, porque dificilmente os partidos do bloco aceitariam dois candidatos do PSD. Neste caso, um para a Câmara e outro para o Senado.
No entanto, o presidente nacional da sigla, Gilberto Kassab, defende o nome de Antonio Brito para concorrer à presidência da Câmara, em fevereiro de 2025, com apoio do MDB, entre outros partidos de centro e centro-direita.
A campanha está antecipada em mais de um ano, mas, desde já, outros dois pré-candidatos do núcleo duro do Centrão despontam com mais visibilidade para a sucessão de Lira. Na lista há também outro baiano. Trata-se de Elmar Nascimento, que é líder do União Brasil na Casa. Marcos Pereira, que comanda o Republicanos, além de ser hoje vice-presidente da Câmara, também circula a cadeira.
Sobre Pereira, o deputado federal baiano Alex Santana, do Republicanos, afirmou torcer para que o seu partido conquiste o posto. “Como baiano, preferimos essa relação com algum baiano. Mas o meu partido, a gente tem uma ligação com Marcos Pereira, então a gente espera que, dentro dessa disputa, a gente fique com o melhor. Torço para que o meu partido consiga emplacar o presidente da Câmara”, disse, nesta sexta, em Salvador, em conversa com a imprensa.
Presidência do Senado - Ao jornal O Estado de São Paulo, Otto Alencar desconversou sobre a operação casada sugerida por aliados para emplacar seu nome. “Eu não estou me movimentando para nada”, disse ele. “Muita água ainda vai rolar embaixo dessa ponte”, acrescentou o senador baiano.
Otto pode ter o apoio do líder do governo no Senado, Jaques Wagner, do Partido dos Trabalhadores. Vale lembrar que ele foi vice-governador durante a gestão de Wagner na Bahia. Os dois são amigos desde então. Válido frisar que o discurso oficial do Palácio do Planalto é de não interferência em assuntos relativos à Câmara e ao Senado.
Já do outro lado do Congresso, no Salão Azul, falta combinar o jogo com o senador Davi Alcolumbre (União Brasil), que está à frente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e tentará retornar à presidência do Senado em 2025. Houve até quem sugerisse a filiação de Alcolumbre ao MDB, mas quem ocupa o primeiro lugar na fila emedebista é o senador Renan Calheiros, de Alagoas. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, apoia Alcolumbre, com quem há anos fez uma dobradinha na condução da Casa.
Fonte: TRBN